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Entendendo a Educação a Distância

Uma conceituação bem simples e prática do que é Educação a Distância (EaD) é a utilizada pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), que a considera uma “modalidade de educação em que as atividades de ensino-aprendizagem são desenvolvidas majotitariamente (e em um bom número de casos exclusivamente) sem que alunos e professores estejam presentes no mesmo lugar à mesma hora”. A execução deste processo de aprendizagem ocorre regularmente com a mediação de algum tipo de tecnologia, tanto que, atualmente podemos dividir este desenvolvimento da EaD em cinco gerações, a maior parte delas identificadas com o emprego de um meio tecnológico particular. A 1ª geração iniciada com o emprego da correspondência para a EaD (1880); a 2ª geração marcada pelo surgimento do rádio e da televisão (1921/1934); na 3ª geração começaram a ser ofertados os primeiros cursos superiores em EaD, com o surgimento das “Universidades Abertas” (1970); na década seguinte se desenvolveu a 4ª geração, com o emprego dos recursos de teleconferência na EaD (1980); e a 5ª geração com o incremento da rede mundial de computadores, a Internet (1995) (MOORE & KEARSLEY in NOGUEIRA FILHO, 2007). O estabelecimento desta divisão em gerações serve para analisar em que estágio se encontra a EaD em determinados países, e não indica que uma geração tenha se desenvolvido independentemente da outra. Isto porque os meios de comunicação identificados em cada geração foram todos incorporados à prática da EaD, coexistindo e sendo empregados simultaneamente. Um exemplo disto é que, o material impresso enviado por meio de correspondência aos alunos é ainda hoje no Brasil a principal mídia utilizada pelas Instituições de EaD (ABRAEAD, 2006, p. 77). Um sistema de EaD é constituído por dois grupos distintos de componentes, um que pode ser caracterizado como “pessoal” (aluno, professor, tutor/facilitador, monitor, suporte técnico, suporte administrativo, administradores), e outro como “instrumental” (conteúdo didático, sistema de suporte ao material didático, sistema de gerenciamento de aprendizagem, mídia) (interpretação da classificação feita por SANTOS & RODRIGUES, 1999, págs. 3-5). Para que a EaD seja eficiente no seu propósito de formar o conhecimento dos indivíduos, as Instituições a ela dedicadas precisam encontrar um equilíbrio entre estes dois grupos. As modalidades dos cursos na EaD podem ser divididas quanto à sua sincronicidade, na qual, sempre é levado em conta os mecanismos de comunicação por eles adotados. Quando há interação em tempo real entre professores/monitores e alunos, os cursos são considerados síncronos; nos casos em que a comunicação entre eles é feita com um intervalo de tempo, os cursos são considerados assíncronos. Ocorre que, a maioria dos cursos utiliza um “mix” de recursos tecnológicos para realizar sua interação com os alunos, por esta razão os cursos ainda podem ser caracterizados como semi-síncrono ou semi-assíncrono, dependendo do tipo de tecnologia predominante. Os principais recursos síncronos são o bate-papo (Chat), a videoconferência, o quadro-branco, o controle remoto, a Internet phone; já os serviços assíncronos mais utilizados são o correio eletrônico (e-mail), as listas de discussão na web e os vídeos sob demanda (SANTOS & RODRIGUES, 1999, p. 10). Os cursos também se diferenciam quanto à assistência, ou seja, se há ou não uma pessoa para supervisionar os trabalhos dos alunos, podendo ser do tipo “assistido”, quando há a presença de um tutor/facilitador junto aos discentes, e “desassistido”, em que não existe tal acompanhamento. Referências Anuário Brasileiro Estatísitco de Educação Aberta e a Distância 2006. 1ª. ed., São Paulo: Instituto Monitor, 2006. MOORE, M. G.; KEARSLEY, G. Educação a Distância Uma Visão Integrada. In: NOGUEIRA FILHO, V. Plataformas Tecnológicas e Conteúdos Programáticos. 1º Simpósio Nacional de Ensino a Distância da Câmara dos Deputados, Brasília, 2007. SANTOS, E. T.; RODRIGUES, M. Educação a Distância: Conceitos, Tecnologias, Constatações, Presunções e Recomendações. São Paulo. EPUSP, 1999.